“Realmente, 100% dos leitos de UTIs privados e públicos estão ocupados. Tivemos dois dias de um maior nível de casos confirmados e internações”, admitiu o prefeito. “No Hospital de Campanha, por exemplo, por volta de 8 da noite, havia 9 leitos de UTI ocupados e paciente chegando para ocupar o único livre. Dos 50 leitos clínicos do hospital, 24 estavam ocupados, mas com perspectiva de aumentar”, descreveu.
Colbert disse ter sido informado pela direção do Hospital Geral Clériston Andrade que todos os leitos de UTI para covid-19 também estavam ocupados na sexta-feira (3). “Eu mesmo estive no Hospital Unimed para visitar funcionários da Prefeitura e amigos internados. Lá as UTIs estavam cheias. Também estive no São Matheus e HTO e também não havia vagas de UTI”.
Martins disse que deve assinar, neste sábado (4), contrato com a empresa que gerencia o Hospital de Campanha para aumentar o número de leitos de UTI, mas não detalhou quantas unidades devem ser abertas. “Esperamos, também, os 40 novos leitos de UTI do Clériston Andrade 2, que serão fundamentais”.
O prefeito garantiutgarantiu que tem mantido contato com o governo estadual. “O governador Rui Costa ligou na sexta (3) ao meio-dia. Temos contatos frequentes. Ele questionou sobre a quantidade dos leitos de UTI e o que estávamos fazendo para amenizar a situação”, destacou.
O político praticamente descartou a possibilidade abrir um segundo hospital de campanha em Feira. “Tentei fazer isso antes. Hoje demoraria umas três semanas para concluir, tempo em que o pico de coronavírus em Feira já deva estar em equilíbrio e estabilizado. O que é mais viável e rápido é a ampliação do número de leitos de UTI no Hospital de Campanha já existente”.
O gestor também comentou sobre a recomendação de lock down (fechamento) em Feira de Santana, como recomendado pelo Comitê Científico do Nordeste. “Tratei este assunto também com o governador. Penso que o fechamento de uma cidade como Feira de Santana, entre 14 a 21 dias, como recomendado, é inviável sob muitos aspectos. Não é possível. Teríamos que analisar as consequências. Mas estamos abertos a análises conjunturais”, avaliou Colbert.