Agosto, caiu de 77,05% para 68,21%, segundo dados do Monitor das Secas, da Agência Nacional de Águas (ANA). O trabalho acompanha situação da estiagem em várias regiões do país.
Este é o menor número registrado em um mês de agosto, desde 2015, quando a área atingida pela estiagem no estado era de 61,7%.
Conforme estudos do monitor, as chuvas acima da média possibilitaram a diminuição da área de seca fraca no sul da Bahia. Por outro lado, houve um leve aumento das áreas com grave estiagem no estado. O número passou de 17,08% para 17,85%.
Na maior parte da Bahia, a seca permanece com impactos de longo prazo, com exceção do extremo sul, onde são de curto prazo. Mais de 50 cidades em estao em situaçao de emergencia por causa da seca, segundo a Defesa Civil do Estado (Sudec).
O Mapa do Monitor de agosto registra o aumento das áreas com seca em 12 das 19 unidades da Federação que são acompanhadas pela ANA: Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. A redução de áreas com o fenômeno aconteceu somente na Bahia e no Espírito Santo.
De acordo como Monitor, em termos de severidade do fenômeno, oito estados tiveram o agravamento da seca entre julho e agosto: Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins.
Em termos climatológicos, agosto é um mês seco nos estados que compõem o Mapa, exceto no litoral leste do nordeste e em grande parte do sul. Em muitos desses locais, os valores climatológicos de precipitação são inferiores a 20mm, inclusive a Bahia. No entanto, agosto é o último mês do período chuvoso no litoral leste do nordeste, na faixa que se estende desde o Rio Grande do Norte até a estado baiano, com precipitação mensal acima de 150mm.
Na Bahia, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) é o órgão que atua no Monitor de Secas.
Monitor das Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.
Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pela internet quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor agora abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.