Pela primeira vez desde que oficializaram a venda de suas SAF´s, Bahia e Botafogo serão adversários dentro de campo. Pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, o tricolor estreia dentro de casa e tenta conquistar os primeiros três pontos na competição após começar com derrota de virada contra o RB Bragantino na última semana. O duelo marca, oficialmente, o começo da era SAF sob comando do Grupo City dentro do Brasileirão, principal competição do clube no ano.
Além do peso e representatividade que a Série A já impõe no calendário de qualquer clube brasileiro, a temporada 2023 se torna mais importante ainda para a torcida tricolor, que colocou expectativas muito positivas para o time após o acordo com o CFG. A começar pelo investimento feito: com o fechamento da primeira janela de transferências na última quinta-feira (20), o Bahia totalizou R$ 85,4 milhões investidos em contratações, o terceiro que mais gastou no país – atrás de Flamengo e Vasco.
Do outro lado, uma realidade parecida. Desde que assinou a venda de sua SAF para o empresário norte-americano John Textor em março do ano passado, o Botafogo somou R$ 108,4 milhões com contratações, sendo R$ 28 mi nesta temporada. O resultado foi uma campanha mediana na última Série A, terminando em 11º lugar. Para esse ano, o clube também almeja passos mais largos e quer repetir a dose da estreia, após vencer o São Paulo na última rodada por 2×1.
O adversário desta segunda, aliás, vem retomando bons momentos sob o comando do português Luís Castro. Após um final de 2022 em crescente, o clube começou este ano muito mal e não conseguiu se classificar nem para a segunda fase do Carioca, ficando para disputar com equipes de menor expressão no estado a Taça Rio. Acabou vencendo o “prêmio de consolação” na final contra o Audax, por 5×2.
Mas assim como o conterrâneo Renato Paiva do lado tricolor, Castro parece ter encontrado uma formação tática ideal para o time. Já são nove jogos sem perder, entre o Carioca, Copa do Brasil, Brasileirão e Sul-Americana.
Para o duelo contra o Bahia, Luís Castro deve repetir a base do time que venceu o César Vallejo, pelo torneio continental. A dupla de zaga Adryelson e Víctor Cuesta – que quase acertou com o Bahia – está confirmada, assim como o volante Danilo Barbosa e o atacante referência doa equipe, Tiquinho Soares.
Por outro lado, ainda há dúvidas. Entre elas, a possível volta de Tchê Tchê, no lugar de Lucas Fernandes. No ataque, Vitor Sá e Luís Henrique disputam vaga. Já Marçal segue fora.
A provável escalação é: Lucas Perri, Di Plácido, Adryelson, Cuesta e Rafael; Danilo Barbosa, Lucas Fernandes (Tchê Tchê), Eduardo, Junior Santos, Victor Sá (Luis Henrique) e Tiquinho Soares.
Estreias e ausências no tricolor
Renato Paiva também tenta sustentar a formação tática com três zagueiros que lhe rendeu as melhores – mas ainda não ideais – atuações desde que chegou no Bahia. Para esse jogo, não contará com o zagueiro Kanu, que está emprestado pelo Botafogo e fica vetado por contrato. Também segue sem os outros defensores, Marcos Victor e Raul Gustavo, que se recuperam de lesões no joelho e ainda não têm previsão de retorno.
Isso significa que Paiva terá à disposição na zaga David Duarte, Gabriel Xavier e Victor Hugo, que chegou recentemente ao clube e deve fazer sua estreia. Para manter o esquema, Rezende deve voltar a atuar na primeira linha de defesa. Xavier e Victor Hugo devem completar o trio.
No meio-campo, a briga segue acirrada, com Thaciano e Yago Felipe podendo repetir a dupla do primeiro jogo e jogarem mais recuados, mas têm a sombra do uruguaio Acevedo. Recuperado da gripe, Biel tende a retornar para o ataque, mas tem a disputa com o recém contratado Ademir.
Além desses nomes, o setor pode ganhar a presença de Vinícius Mingotti, atacante de 23 anos contratado no último dia da janela. Regularizado pelo BID da CBF, ele já está apto para estrear. Nos últimos treinos, fez ativações físicas junto ao departamento de fisiologia e fisioterapia do clube. O titular Everaldo e Arthur Sales são os concorrentes de posição.
No último treino da equipe antes da partida, na manhã de domingo, o técnico Renato Paiva comandou um trabalho tático, que durou cerca de uma hora. Os jogadores também ensaiaram jogadas de bola parada ofensiva e defensiva.