Eleito por unanimidade presidente da Comissão Especial para Acompanhamento da Reforma da Previdência, o senador Otto Alencar (PSD) diz que aceitou a missão de bom grado por uma razão bastante objetiva: ganhou um lugar de fala privilegiado para defender os que já não têm.
– Temos 15 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza. Isso é uma população do tamanho da Bahia. E qualquer presidente da República vai ter que entender que não podemos criar um país com bolsões de miséria maiores do que são.
Restrições — É por aí que ele entende que algumas situações hoje consolidadas não podem mudar.
1 – O benefício da prestação continuada, que assegura um salário mínimo para deficientes físicos ou idosos com mais de 65 anos que não têm condições de se manter.
2 – Aposentadoria rural. O projeto propõe ampliar o tempo para requerer (hoje 65 anos) e instituir a contribuição.
– Não há o que mudar. Quando ocupei o governo baiano, levei empresas para lugares em que conheço toda a população, como Rui Barbosa e Itaberaba. Ficava triste quando alguém me pedia emprego e a pessoa não tinha qualquer qualificação.
Otto diz ter a concordância de pessoas como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Sobre a capitalização, o modelo pelo qual cada um recebe o que contribuiu, diz ser a favor, mas só para quem ganhar mais. De pobre, não.
Fonte: A tarde