Sistema diferenciado de manejo do solo que visa diminuir o impacto das máquinas agrícolas para garantir uma agricultura sustentável, o Plantio Direto é tema do Fórum do Canal Rural, que será realizado durante a 15ª edição da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães. A atividade foi confirmada para o segundo dia da feira (29/5), às 14h, no auditório da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães. Participam como convidados o professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Juca Sá; o vice-presidente da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (FEBRAPDP), Celestino Zanella, que também preside a Bahia Farm e a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA); e o conselheiro consultivo da AIBA, Luiz Pradella, agricultor que pratica a agricultura de baixo impacto em suas lavouras.
A escolha do tema do Fórum seguiu o histórico de assuntos abordados entre pesquisadores, estudantes, agricultores e técnicos em edições passadas do evento, que se debruçaram na agricultura e na sustentabilidade. “Um ano debatemos a preservação do Cerrado; no outro, o estudo do potencial de recursos hídricos. Nessa linha, nos atemos a temas relevantes para o crescimento do Agronegócio, considerando as possibilidades para que isso ocorra de forma mais sustentável e menos impactante. O Fórum é um espaço estratégico para darmos visibilidade a estes assuntos, daí a importância da participação dos interessados nos debates”, avalia Celestino Zanella.
A rodada de discussões será transmitida ao vivo pelo Canal Rural e serão apresentadas informações e resultados obtidos com o Sistema do Plantio Direto que, segundo a FEBRAPDP, visa a produção de alimentos, fibras e energia em harmonia com a natureza, baseando-se em três pilares: o não revolvimento do solo (restrito à linha de semeadura ou covas para mudas); a cobertura permanente do solo (plantas vivas ou palhadas); e a diversificação de plantas na rotação de cultivos. Trata-se, conforme os especialistas, de um sistema de produção conservacionista, comparado a outros, que utiliza o preparo do solo; e proporciona a redução hídrica e eólica dos solos, a emissão de gases causadores do efeito estufa e o uso de combustíveis fósseis e agroquímicos. Também promove o aumento da infiltração da água, a eficiência dos fertilizantes aplicados, a recuperação da matéria orgânica, a biodiversidade e a resiliência do solo.
“O Brasil está com uma área crescente de Plantio Direto e estes números serão repassados durante o Fórum, demonstrando que através de um sistema de menor consumo de combustível, aliado à necessidade da rotação de culturas, é possível praticar uma agricultura menos impactante e com ganhos para o produtor. No caso do consórcio entre as culturas, é possível a inserção do capim entre uma safra e outra, introduzindo, então, a pecuária como nova alternativa de renda. São os ganhos que o Plantio Direto permite”, explica o produtor Luiz Pradella, que também integra a Federação Brasileira de Plantio Direto.