A educação é a melhor resposta à criminalidade

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Já dizia Monteiro Lobato que “um país se faz com homens e livros”. E digo também que todo momento é oportuno para se falar sobre educação, mas o atual cenário, que conta com eleições presidenciais próximas, me inspirou a refletir e escrever sobre o assunto.
Não é à toa que a educação é a base dos países mais desenvolvidos. É através dela que se constrói uma sociedade com indivíduos que optam conscientemente por não seguir o caminho da criminalidade. É a instrução de crianças e jovens que constrói adultos dispostos a conviver harmoniosamente. É a promoção da cultura e o incentivo a atividades locais que fazem com que habitantes de lugares periféricos avistem um horizonte de possibilidades. É também o investimento na educação que proporciona o aumento da produtividade de um país, possibilitando o crescimento e o desenvolvimento econômico.
O bandido que assalta hoje é o menino que não teve uma base educacional e familiar ontem, e que apenas reproduz o que viu e o que vê no local onde vive. As medidas imediatistas contra a violência podem até surtir efeito hoje. Mas como estaremos daqui alguns anos? Reproduzindo a criminalidade? Será assim, se a medida não for estrutural e não pensar no longo prazo. Será assim, se escolhermos abandonar em vez de instruir.
A exemplo disso, eu tenho um relato pessoal. Quando eu fui intercambista na Espanha eu viajei sozinha por diversos países europeus. Na época eu tinha 21 anos. Uma mulher de 21 anos viajando sozinha por um continente até então desconhecido por ela. Porém, seguro. E a segurança existente em cada um dos lugares que passei não era baseada na violência e nem num número exorbitante de policiais. Ela era baseada na forte cultura educacional existente em cada país. Não era pela arma do guarda que eu me sentia tranquila, era pela harmonia social ali estabelecida. Através de violência? Não, através da educação.
A segurança de um país deve contar, sim, com o policiamento. Mas para que seja sólida, ela deve se basear em algo bem mais amplo. Apenas com políticas de longo prazo, voltadas para a educação e para a melhora de vida da população, é que a paz pode existir. É assim que uma pessoa poderá sair na rua sem medo. É assim que uma mulher poderá andar sozinha a qualquer hora do dia e se sentir livre de qualquer tipo de violência. É assim que nos sentiremos tranquilos.
Pode parecer clichê, mas ainda é uma verdade e nunca deixará de ser: a educação é o caminho. E que tenhamos sabedoria para começar a caminhar por ele.

 

Jamile Almeida
Graduada em Economia pela UEFS
Intercambista pela Universidade de Santiago de Compostela, Espanha

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